sábado, 9 de setembro de 2017

Como são diferentes...

Todos os dias olho para meus filhos e fico bobo observando seus trejeitos e suas manias próprias para resolver problemas, brincar, imaginar,etc...
A Helena é uma lindeza. Está indo na escola junto com o mano e quando chegamos perto, começa a chorar...para sair do carro e entrar na escola!
Esses dias conversávamos, Mara e eu, que com o Vicente não tínhamos algumas preocupações como dedinhos em tomadas, subir em cadeiras, colocar todas as panelas pra fora do balcão.
Com ele, foi muito mais tranquilo, mas com a Dona Helena....
Briga para dormir, para comer, para tomar banho, para escovar os dentes. Briga até quando ninguém briga com ela! 
Com ela, a musiquinha do Astolfo, aquele porquinho do Cocoricó, faz todo sentido ("Hum, que silêncio! Vou lá olhar o porquinho...").
Esses dias ela sumiu de vista aqui em casa. Chamei a moça e nada!
Pois ela pegou meu telefone e se escondeu no vão entre a geladeira e a bancada para mexer no aparelho e assistir a "Popó" (Cocoricó ou Galinha Pintadinha, enfim, tudo que tiver passarinhos é Popó!).
O Vicente a cada dia nos dá demonstrações de que é uma criança ímpar.
Antigamente a Mara acha impressionante que ele brincava de carrinhos, sendo que nenhum de nós tenha ensinado nada. E não era só com carrinhos.
Com a bola, com alguns brinquedos quebrados, tudo ele imaginava cenários, um contexto e dali deixava a imaginação fluir.
Coisa linda, sensacional.
O simbolismo tomava forma nas brincadeiras do Vi. Era a materialização de muita coisa que aprendi nas aulas de Psicomotricidade na faculdade. Agora consigo vivenciar tudo isso na prática.
Hoje, as brincadeiras são um pouco mais concretas. A abstração e o simbolismo ainda existem ao mesmo tempo em que algumas brincadeiras são mais concretas, palpáveis por assim dizer.
Domingo passado ele estava correndo pela casa dizendo que era polícia.
Mas ele quer ser também o dono do parque de diversões para levar os tios para brincar de "roda gigante voadora".
Agora ele quer uma casa na árvore...dentro do apartamento em que moramos!
Como não se encantar com essas coisas?
Nós, adultos, vivemos em outro mundo. 
Um mundo chato demais, concreto demais! 
Sempre tão apressados, tão sem alegrias reais, presos no tempo, na necessidade de dar conta de compromissos, de demandas que nós mesmos criamos e depois não sabemos como resolver.
Nossa felicidade parece sempre depende de um ou outro motivo e às vezes, dar um sorrisão, uma gargalhada parece coisa de outro mundo, porque somos sérios. 
Precisamos demonstrar seriedade, pois ser adulto e, principalmente ser pai, não é brincadeira!
Quanta besteira.
Bom mesmo é olhar para o lado e ver a alegria e a felicidade deles. 
Minha psicóloga disse, há alguns dias, que o Vicente sabe das minhas necessidades e por isso ele é desse jeito.
Talvez o seu filho seja assim porque ele sabe do que você precisa! Já parou pra pensar nisso?
Criança dá trabalho, mas acima de tudo, muita alegria!
Abraços a todos.

Roges

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