Era 16 de dezembro.
Estávamos extremamente ansiosos com a iminência do
nascimento da Helena.
Pois bem, a nossa pequena resolveu ficar mais alguns dias no seu
casulo e acabou nascendo no seu tempo - 39 semanas.
Mais precisamente dia 06 de
janeiro de 2016.
Hoje faz 1 ano, 8 meses e 6 dias que temos essa menina em nosso convívio e assim
como aconteceu com o Vicente, por mais que programássemos praticamente todos os
passos a serem dados depois que ela nascesse, a rotina mudou bastante.
A Mara internou na manhã do dia 06 de janeiro e entrou no bloco cirúrgico
às 14:30hs.
Lá pelas 15 horas pensei ter ouvido um grito, mas, apesar do
hospital ser necessariamente um local que requer silêncio, próximo a entrada do
bloco cirúrgico as pessoas tendem a conversar sobre todas as doenças que já
tiveram - inclusive das últimas 5 gerações de parentes - em voz alta.
De repente uma enfermeira saiu do bloco e nos avisou:
"Já nasceu, pai! Uma menina linda!"
Aquela sensação que tive no nascimento do Vicente, de uma
felicidade misturada com uma vontade de chorar de alegria, novamente encheu meu
coração.
Oportunamente, também senti uma aflição em saber como ela estava.
Se estava respirando bem, se o APGAR deu bom,
Neurose pós-natal!
Exatamente às 15:03 hs Helena nasceu e a Mara teve a felicidade de
poder vê-la quando o Dr. Rodrigo a retirou de seu ventre.
Situação única, sem fotos, nem vídeos.
Sem a espetacularização
deste momento sublime que somente ela poderá guardar na memória. Sempre que pode, a Mara nos relembra, com os olhos cheios de lágrimas e emoção, da oportunidade que teve de ver sua própria filha sair de dentro de seu ventre.
Helena nasceu firme e forte. 3580 gramas divididos em 48
centímetros de pura beleza e pulmões vigorosos.
Ficamos 2 dias no hospital e logo viemos para casa
apreensivos.
A apreensão de chegar em casa tinha nome: Vicente!
Qual seria a reação do baixinho ao conhecer a maninha?
Como ele iria se comportar desde então?
Imaginávamos que ele iria dar uma olhada na Helena e depois
procuraria o colo de alguém próximo para também receber sua dose de carinho a
atenção. Como de costume, o Vicente nos surpreendeu.
Ele não se acanhou e solicitou que o deixássemos pegá-la no colo.
A
bem da verdade, ele tem esse jeito carinhoso com ela, apesar de muitas vezes ela responder com uma "delicadeza pouco usual", digamos assim.
Quando a Helena nasceu, o Vicente adorava pegar a maninha no colo e
ficar tocando seu nariz, seus cabelos, como uma forma de comparação com ele mesmo.
Esperto como sempre, desde cedo percebeu toda a movimentação da casa em função
da nova integrante e assim como acontece com praticamente "a maioria"
das crianças que ganham um irmão mais novo, ele também teve seus momentos de
solicitar atenção.
Acredito que os pais de 2 ou mais filhos devam se identificar com essas situações!
Não foram poucos os dias que o deixamos ficar em casa ao
invés de ir pra escola.
Também não foram poucas as vezes que ele chegou a ir de pijama para escola, pois não havia jeito de colocar o uniforme.
Tia Lú dizia: "Manda ele pra escola do jeito que ele quiser. Vai passar!"
Pensamos muito e sofremos na mesma proporção, pois achávamos que tudo isso era uma espécie de "traição" com o Vicente.
Não foi uma traição.
Foi provavelmente uma das grandes alegrias que ele teve. Uma irmã, para brincarem juntos em casa - e enlouquecer os vizinhos do andar de baixo.
Nenhum problema que o tempo não ajude a resolver.
Até alguns meses atrás, ousaria dizer que nem parecia que tínhamos 2 crianças
em casa.
Agora afirmo categoricamente.
Temos 2 crianças bem sapecas e barulhentas, que movimentam a casa, nossas vidas e é uma alegria imensa tê-los ao nosso lado, independente de todo o trabalho que temos.
A Helena está crescendo e ficando danada :)
O Vicente, como disse a Gisele Pinheiro, foi promovido a irmão mais velho e desde então cuida da mana dentro e fora de casa.
Que presente tivemos com a vinda da Helena, com sua sapequice, seus cabelos loiros (!!!) cacheados e um sorrisão fácil que encanta até o sujeito mais rabugento desse mundo.
Que emoção ter essas crianças nos esperando ao final de um dia longe de casa!
Abraços a todos.
Roges
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